domingo, 21 de setembro de 2008

MORAL E ÉTICA NOS NEGÓCIOS

O termo Moral tem origem latina na palavra mos (pensar sobre), a palavra Ética tem origem grega, ethos (agir sobre). Estes termos com o passar dos tempos, tornaram-se sinônimos de comportamento dos Homens e das Empresas. Deste modo, pela Moral apresentamos a capacidade de criar idéias, ou seja, imaginar como será o agir e o sentir. E, pela Ética, nos dotamos da disposição de praticar aquilo que sentimos e pensamos.
Uma empresa precisa ser percebida como um elemento ativo do contexto social, cultural, político, e econômico. Esse fato remete, ao compromisso e responsabilidades a empresa deva ter com a sociedade como um todo.
Na obra: A ética nas organizações, da Coleção Reflexão, Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, de março de 2.001, p. 12, a ética:
“... não é um valor acrescentado, mas intrínseco da atividade econômica e empresarial, pois esta atrai para si uma grande quantidade de fatores humanos e os seres humanos conferem ao que realizam, inevitavelmente, uma dimensão ética. A empresa, enquanto instituição capaz de tomar decisões e como conjunto de relações humanas com uma finalidade determinada, já tem desde seu início uma dimensão ética.
Uma ética empresarial não consiste somente no conhecimento da ética, mas na sua prática. E este praticar concretiza-se no campo comum da atuação diária e não apenas em ocasiões principais ou excepcionais geradoras de conflitos de consciência. Ser ético não significa conduzir-se eticamente quando for conveniente, mas o tempo todo”.

Nossas crenças determinam nosso comportamento, seja na vida, e na empresa. A transcrição do artigo abaixo, publicado no Chicago Sun Times, ilustra tal fato.

Tudo bem filho, todo mundo faz isso (Jack Griffin)
Johnny tinha seis anos e estava em companhia do pai quando este foi flagrado em excesso de velocidade. O pai entregou ao guarda, junto à sua carteira, uma nota de vinte dólares. "Está tudo bem, filho", disse ele quando voltaram à estrada. "Todo mundo faz isso"!
Quando tinha oito anos, deixaram que Johnny assistisse a uma reunião de família, dirigida pelo tio George, sobre as maneiras mais seguras de sonegar o imposto de renda. "Está tudo bem, garoto", disse o tio. "Todo mundo faz isso"!
Aos nove anos, a mãe levou-o pela primeira vez ao teatro. O bilheteiro não conseguia arranjar lugares até que a mãe de Johnny lhe deu, por fora, cinco dólares. "Tudo bem, filho", disse ela, "Todo mundo faz isso!"
Com doze anos ele quebrou os óculos a caminho da escola. A tia Francine convenceu a companhia de seguro que eles haviam sido roubados e recebeu uma indenização de 75 dólares. "Está tudo bem, garoto", disse ela. "Todo mundo faz isso".
Aos quinze anos, foi escolhido para jogar como lateral-direito no time de futebol da escola. Os treinadores lhe ensinaram como interceptar e, ao mesmo tempo, agarrar o adversário pela camisa, sem ser visto pelo juiz. "Tudo bem, garoto", disse o treinador. "Todo mundo faz isso"!
Aos dezesseis anos, arranjou seu primeiro emprego nas férias de verão, trabalhando num supermercado. Seu trabalho: pôr os morangos maduros demais no fundo das caixas e os bons em cima, para ludibriar o freguês. "Tudo bem, garoto", disse o gerente. "Todo mundo faz isso"!
Já com 18 anos, Johnny e um vizinho candidataram-se a uma bolsa de estudos. Johnny era um estudante medíocre. O vizinho era um dos primeiros da classe, mas um fracasso como lateral-direito do time de futebol. Johnny ganhou a bolsa. "Está tudo bem", disseram os pais. "Todo mundo faz isso"!
Quando tinha 19 anos, um dos colegas mais adiantados lhe ofereceu, por cinquenta dólares, as questões que iam cair na prova. " Tudo bem garoto", disse ele. "Todo mundo faz isso"!
Johnny, flagrado colando, foi expulso da sala e voltou para casa com o rabo entre as pernas. "Como você pôde fazer isso com sua mãe e comigo?", disse o pai. "Você nunca aprendeu estas coisas em casa!". O tio e a tia também ficaram chocados.
Se há uma coisa que o mundo adulto não pode tolerar é um garoto que cola nos exames... (extraído do livro O poder da administração ética, de Kenneth Blanchard e Norman Vincent Peale - Ed. Record).

Segundo Maria Rita Gramigna, assim como no caso da história de Johnny, “adotamos comportamentos e atitudes que correspondem ao nosso aprendizado junto às pessoas que fizeram e fazem parte de nosso meio familiar, social e empresarial. Cada um de nós tem suas matrizes de identidade que nos legaram seus códigos de ética. Por outro lado, na medida em que repetimos a história, transformamo-nos em novas matrizes: pontos de referência para os que estão à nossa volta. Quando vou trabalhar questões referentes a poder e ética nas organizações, costumo usar jogos e simulações que permitam ao grupo colocar em prática seus valores, para depois abrir fóruns de discussão sobre os comportamentos que permearam as jogadas”

Fica nítida, assim, a necessidade de se ater para o fato de que é preciso que o mundo empresarial se conscientize cada vez mais de que a ética empresarial é imprescindível para o seu desenvolvimento e crescimento no campo dos negócios.

BIBLIOGRAFIA
LEISINGER, Klaus M.; SCHMITT, Karim. Ética Empresarial. Petrópolis: Vozes, 2.001.
LIMA, Alex Oliveira Rodrigues. Ética Global. São Paulo: Iglu, 1.999.
MARTINS, Ives Gandra (Coordenador). Ética no Direito e na Economia. São Paulo: Pioneira, 1.999.
MOREIRA, Joaquim Manhães. A Ética Empresarial no Brasil. São Paulo. Pioneira, 1.999.

L. A. Costacurta Junqueira, Vice-Presidente do Instituto MVC, no link http://www.rhportal.com.br/artigos/wmview.php?idc_cad=fe9b46iko, elenca:
Alguns indicadores da empresa que têm problemas de ética: Posterga deliberadamente pagamentos, fazendo pagamentos errados, fornecendo datas e não cumprindo etc.
Vende o que não tem ou o que não pode entregar
Tem apenas preocupação com sua necessidade de vender, não se preocupando em saber do cliente o que ele tem necessidade de comprar
Sempre se lembra das pessoas de fora na hora de preencher qualquer posição, não se importando em procurar, primeiro, identificar internamente se há alguém para aquela posição.
Embeleza balanços e demonstrativos financeiros etc. etc.
Ser ético nos negócios significa:
A necessidade de obedecer regras relativas à ocupação territorial, costumes e expectativas da comunidade, princípios de moralidade, políticas da organização, atender à necessidade de todos por um tratamento adequado e justo
Entender como os produtos e serviços de uma organização e as ações de seus membros podem afetar seus empregados, a comunidade e a sociedade como um todo (positiva ou negativamente)
Erros éticos mais comuns nas relações com seus superiores:
Mentir sobre as atividades que administramos
Culpar meu superior por meus erros ou de meus subordinados
Divulgar informações pessoais ou confidenciais para meus pares, empregados, gerentes seniores, clientes competidores, público em geral
Não reportar violações à legislação
Não reportar desempenho inferior às metas estabelecidas ou algo referente a roubos ou utilização inadequada de algo que é propriedade da empresa
Não atender a queixas e reclamações
Encobrir acidentes no trabalho ou problemas relativos à saúde ou segurança dos empregados
Usar idéias de empregados como se fossem minhas

PRINCÍPIOS DE ÉTICA PARA AS ORGANIZAÇÕES
Propósito:
A missão da nossa empresa é de responsabilidade da Diretoria. Nossa organização é movida pelos valores, expectativas e a visão que nos ajuda a determinar os comportamentos, aceitações e inaceitações.
Orgulho: Nós nos sentimos orgulhosos de nós mesmos e de nossa organização. Acreditamos que com este tipo de sentimentos é fácil resistir às tentações para nos comportarmos de maneira não-ética.
Paciência: Aceitamos que, mantendo nossos valores éticos, isto será o caminho do sucesso a longo prazo. Essa assertiva implica manter o equilíbrio entre a obtenção de resultados e a forma com que esses resultados são conseguidos.
Persistência: Temos o compromisso de viver de acordo com princípios éticos. Temos certeza de que nossas ações são consistentes com este compromisso.
Perspectiva: Nossos gerentes e empregados alocam tempo para refletir sobre onde estamos, avaliar para onde vamos e determinar como vamos chegar lá.
Agora vamos fazer algumas reflexões sobre os vídeos abaixo:
Neste primeiro vídeo a cantora de MPB, Ana Carolina, antes de iniciar um show, faz um desabafo através do poema "Só de Sacanagem" de Elisa Lucinda.Ao final uma frase marcante que nos leva a refexão e nos impulsiona a mudar a coisas através da ética: "Eu sei que não dá para mudar o começo, mas se a gente quiser dá para mudar o final"

No vídeo Ética - Quem Tem, TEM! Fala sobre a Ética, elaborado para um concurso de Criação Publicitária.

Apenas para refletir!!! Precisamos ter pensamento ético, ações éticas, seja na nossa vida pessoal, profissional, e para com o meio ambiente.

Aguardo os seus comentários!!!

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

COMUNICAÇÃO



Definitivamente, nada acontece sem que haja prévia comunicação. Inúmeros problemas podem estar lincados à falta de comunicação, e ter ciência de qual é o problema, trata de se ter meia solução para o mesmo. A Comunicação Empresarial, hoje em dia, chamada de corporativa ou institucional, apresenta-se, como uma ferramenta imprescindível de gestão estratégica para o empresário contemporâneo. A comunicação com o mercado é uma forte aliada, seja na superação de crises ou em busca de novos negócios.
Muitas empresas com produtos de qualidade cometem erros por não nutrirem um contato eficiente com seus funcionários, público-alvo, mídia, o que geralmente resulta na quebra do nome da empresa perante o público consumidor.
É necessário comunicar-se bem, pois a comunicação deficiente normalmente pode ser confundida com a falta de competência profissional. Suponhamos que você seja responsável pela apresentação de um projeto, expressando-se com frases confusas, sem uma boa ordenação do raciocínio, equivocando-se na seqüência dos argumentos, comportando-se com postura deselegante e gesticulação incorreta, pronunciando mal as palavras, seguramente estará também comprometendo o entendimento e a confiabilidade de sua proposta.

Esta deficiência na comunicação pode gerar também certo desconforto das relações interpessoais no ambiente de trabalho, às vezes não nos damos conta do quanto uma mensagem pode ser distorcida pelas pessoas e formas de comunicação utilizadas. Existe uma historinha (autor desconhecido) de uma pequena empresa no centro dos EUA que retrata muito bem esta situação, vejamos:
Do Presidente para o Diretor de uma fábrica qualquer:
Na próxima sexta-feira, às 17 horas, o cometa Halley estará passando por esta área. Trata-se de um evento que ocorre a cada 78 anos. Assim, por favor, reúna os funcionários no pátio da fábrica, todos usando capacete de segurança, quando explicarei o fenômeno. Se chover, não veremos o raro espetáculo a olho nu.
Do Diretor para o Gerente:
À pedido do Presidente, na sexta-feira às 17 horas, o cometa Halley vai aparecer sobre a fábrica. Se chover, por favor, reúna os funcionários, todos com capacete e os encaminhe ao refeitório, onde o raro fenômeno terá lugar, o que ocorre a cada 78 anos a olho nu.
Do Gerente para o Supervisor:
À convite do nosso querido Presidente, o cientista Halley de 78 anos vai aparecer nu na fábrica, usando apenas capacete quando ira explicar o fenômeno da chuva para os seguranças no pátio.
Do Supervisor para o Chefe:
Todo mundo nu, na próxima sexta, às 17 horas, pois o mandachuva do presidente, Sr.Halley, estará lá para mostrar o raro filme Dançando na Chuva. Caso comece a chover mesmo, o que ocorre a cada 78 anos, por motivo de segurança coloque o capacete.
AVISO PARA TODOS:
Nesta sexta-feira o presidente fará 78 anos. A festa será às 17 horas no pátio da fábrica. Vão estar lá Bill Halley e seus cometas. Todo mundo deve estar nu e de capacete. O espetáculo vai rolar mesmo que chova, porque a banda e um fenômeno.

No mundo corporativo é preciso que haja conscientização quanto a seguinte afirmação: uma Comunicação Corporativa eficiente pode mudar o rumo de uma empresa. Tem a capacidade de transformar a empresa num grande sucesso de mercado ou acabar com uma empresa, mesmo que tenha bons produtos ou serviços. Está posta para as corporações uma nova exigência. Mais importante do que apresentar os tradicionais balanços financeiros anuais é a divulgação de um balanço social consistente, que seja o resultado de um trabalho ético e integrado de Comunicação com responsabilidade social. Atualmente o mundo é constituído por relações. E nele, o consumidor e a sociedade impõem às empresas (como condição para estabelecer uma relação regular, saudável, duradoura e benéfica) questões de natureza econômica, social, ambiental, histórica e cultural, observadas ou percebidas nas atitudes das organizações, cobradas pela coerência e responsabilizadas por seus atos. É neste âmbito que o comunicador age, com vistas ao desenvolvimento da empresa.


BIBLIOGRAFIA

ARGENTI, Paul A. Comunicação Empresarial: a construção da identidade, imagem e reputação. Rio de Janeiro, Elsevier, 2006

ARGYRIS, Chris e outros. Comunicação eficaz na empresa. Rio deJaneiro, Editora Campus, 1999

BARÇANTE, Luiz César e CALDAS DE CASTRO, Guilherme. Ouvindo a vozdo cliente interno. Rio de Janeiro, Qualitymark, 1999

FERREIRA, Alípio do Amaral. Comunicação para a qualidade. Rio de Janeiro, Qualitymark, 2004

Observe o vídeo abaixo, e reflita sobre o que tens feito para melhorar a sua cominicação.

RELECIONAMENTO INTERPESSOAL, COMPETÊNCIA ESSENCIAL DO PROFISSIONAL DO SÉCULO XXI



"Quanto mais saudáveis nós somos emocionalmente, mais importantes se tornam nossas necessidades de preenchimento criativo no trabalho. Ao mesmo tempo, menos nós toleramos a violação de nossas necessidades para tal preenchimento."
Abraham H. Maslow

No mundo corporativo, como em qualquer outro ambiente de relacionamentos, tudo gira em torno do poder e da habilidade política. O profissional que domina aspectos de relacionamento interpessoal domina a arte do posicionamento estratégico em uma empresa; torna-se indispensável para a imagem da empresa.
Atualmente, em toda e qualquer organização que almeje obter resultados, não se aceita mais o profissional individualista, exige-se profissionais que saibam trabalhar em equipe, e, sobretudo, saibam se integrar e criar sinergia com as pessoas.
O processo de interação humana está presente em toda a organização e é o que mais influência na direção das atividades e nos seus resultados.
O grupo não é a simples soma de indivíduos e comportamentos, ele assume configuração própria que influência nas ações e nos sentimentos de cada um proporcionando, sinergia, coesão, cooperação e coordenação, simpatia, carinho, harmonia, satisfação e alegria, ou mesmo, antipatia, tensão, hostilidade, insatisfação e tristeza. O mais curioso é que, mesmo o ser humano não conhecendo profundamente as pessoas, possui noções empíricas a respeito das reações dos outros e já desenvolveu certa habilidade para lidar com as formas previsíveis de atuação de diferentes pessoas. No entanto isto não impede que haja distorções no relacionamento interpessoal e interpretações errôneas sobre as pessoas e seus comportamentos em grupo.
A competência técnica de cada profissional é claramente explicitada na ambiência corporativa e se torna reconhecidamente explicito que o profissional precisa ser competente em sua área específica de atuação profissional. A competência interpessoal, no entanto, deve ser reconhecida em com o mesmo grau de importância que as competências específicas da Área de atuação. Desta forma, avaliar a nossa conduta, nossos comportamentos e percepções frente aos outros é o primeiro passo para que haja coesão nas relações grupais, bem como, criar sinergia e condições reais de se ganhar mais competitividade através das pessoas.
As relações interpessoais desenvolvem-se em decorrência do processo de interação. Não há processos unilaterais na interação humana: tudo que acontece no relacionamento interpessoal decorre de duas fontes “eu” e “outro(s)”.
O relacionamento interpessoal pode tornar-se e manter-se harmonioso e prazeroso, permitindo trabalho cooperativo, em equipe, com integração de esforços, conjugando as energias, conhecimentos e experiências para um produto maior que a soma, ou seja, a sinergia. Ou então tende a tornar-se muito tenso, conflitivo, levando à desintegração de esforços e final dissolução do grupo.
Para desenvolver a sensibilidade social e a flexibilidade de comportamento precisamos: melhor conhecimento de si próprio bem como dos diversos tipos de comportamento e atividade, em razão de conflitos interiores que não conseguimos resolver; melhor compreensão dos outros, interpretando-os pelo que eles são e não pelo que desejaríamos que fossem; melhor convivência em grupo, pela percepção dos vários comportamentos em grupo, seu funcionamento e a interação dos indivíduos.
Para nos relacionaremos com mais eficiência com os outros precisamos trabalhar atitudes como: ouvir; informar; elogiar; dialogar; avaliar; disciplinar. Desta forma trabalhe seu autoconhecimento, para que suas emoções não atrapalhem o desenvolvimento de sua carreira.
Segundo C. Reasoning Argyris, competência interpessoal é a habilidade de lidar eficazmente com relações de acordo com três critérios:
a) Percepção acurada da situação interpessoal, de suas variáveis relevantes e respectiva inter-relação;
b) Habilidade de resolver realmente os problemas, de tal modo que não haja regressões;
c) Soluções alcançadas de tal forma que as pessoas envolvidas continuem trabalhando juntas tão eficientemente, pelo menos, como quando começaram a resolver seus problemas.
Cássia Albuquerque (consultora sênior de capital humano) dá algumas dicas para estimular um bom relacionamento interpessoal: desenvolver um espírito de cooperação e trabalho em equipe; fazer pesquisas periódicas de clima organizacional; dar oportunidades para se vivenciar crises e limitações pessoais no ambiente corporativo; manter um canal de comunicação aberto com a equipe, como forma de minimizar tensões e fantasias acerca dos relacionamentos; desenvolver uma gestão mais participativa e com portas abertas; desenvolver um diálogo franco e aberto com todos os membros da equipe, facilitando o feedback. (Fonte: http://www.alcancesolucoes.com.br/artigos/cassia/Relacionamento-Interpessoal-Artigo.pdf).
No livro GREENE, Robert. As 48 Leis do Poder. Rio de Janeiro, Editora Rocco, 2000, é possível encontrar um guia prático do relacionamento, que se segue abaixo:

Paradigma 1: Não se exponha - Deixe para outras pessoas a função de falar de você ou de chamar a atenção sobre o que você faz. Atrair a atenção de forma desmedida é ao mesmo tempo atrair a desconfiança e a inveja alheias. Seja modesto e atue de forma low profile quando o assunto for os seus próprios feitos.
Paradigma 2: Aja de forma desinteressada - Deixe seu talento fluir naturalmente, de forma que nada do que você faça pareça ter custado o esforço que realmente custou. Aja de forma a mostrar que as coisas que você faz pareçam mais simples do que na verdade o são. Ao contrário, você estará se expondo, o que contraria o paradigma 1.
Paradigma 3: Elogie somente o necessário - Deixe elogios para poucos e controlados momentos e, ainda assim, o faça de forma indireta (por exemplo, nunca se refira à sua própria contribuição.
Paradigma 4: Apareça moderadamente - Uma forma de ser notado de forma moderada é adotar um estilo particularmente seu no vestir, no falar e no portar-se. Distancie-se de seus pares, formando uma imagem diferente. Não se esqueça, entretanto dos paradigmas 1 e 2.
Paradigma 5: Saiba identificar o seu espaço muito bem - Adote um estilo e um linguajar para cada pessoa com quem você se relaciona e não caia na tentação de acreditar que todos são iguais perante a lei. Não são.
Paradigma 6: Não seja o arauto da má sorte - Antigamente, os reis mandavam matar os portadores de más notícias porque ou acreditavam que eram eles, mensageiros, que traziam, efetivamente, a má sorte ou porque ficavam com uma raiva incontida e descontavam na primeira pessoa que viam, sempre o mensageiro. Deixe para outra pessoa esta desagradável incumbência. Somente leve boas notícias aos seus superiores. Mas atenção, não se trata de mentir, mas sim de evitar ser carimbado como uma pessoa desagradável na presença do alto escalão.
Paradigma 7: Cada macaco no seu galho - Não se permita adotar uma postura íntima das pessoas só porque você trabalha com elas. Torne-se cordial e aberto, mas jamais íntimo. Lembre-se de que você está trabalhando.
Paradigma 8: Se for criticar, faça-o indiretamente - Às vezes, vai ser necessário tecer alguma crítica sobre um determinado assunto ou sobre um determinado colega de trabalho. Se for criticar, o faça da forma mais indireta e polida possível. Não reclame o tempo todo do seu chefe ou dos colegas de trabalho. Honestidade em excesso é uma grande bobagem. Você não deve acreditar que as pessoas estejam tão interessados nas suas críticas, mesmo que elas tenham razão de ser.
Paradigma 9: Favorecimentos aos mais capazes - Seu colega ganhou um bônus e você não? Seu chefe permite que seu colegas tire uma semana de descanso a mais que você? Jamais peça equiparação. Melhor do que se fazer de suplicante é mostrar que merece os favores que recebe. Entenda os seus próprios limites. A idéia, muito comum, de que fazendo mais você estará merecendo mais ou fazendo melhor é uma bobagem profissional. Economizando tempo e energia, você poderá identificar oportunidades melhores para você.
Paradigma 10: Cada um é cada um - Jamais cite comentários sobre gosto pessoal ou aparência das pessoas, principalmente se forem coisas contadas a você. Preserve a identidade das pessoas com quem você convive no ambiente de trabalho.
Paradigma 11: Não seja sarcástico - Sarcasmo em excesso gera uma marca indelével no profissional, e demora tempo até que as pessoas se livrem da marca. Se for necessário criticar, lembre-se do paradigma 8. Do contrário, adote como default o paradigma 3.
Paradigma 12: Olhe-se como os outros vêem você - Critique-se o tempo inteiro. Durante o expediente de trabalho, muitas pessoas estão observando o que você faz, o seu comportamento, os seus gestos e suas palavras. Seja seu próprio espelho e critique-se sempre.
Paradigma 13: Seja racional - Controle suas emoções ao máximo e aprenda a chorar ou rir conforme a encomenda. Deixe a raiva disfarçada assim como a alegria. Esconda as emoções por baixo de uma aparência glacial, escondendo as emoções de seu rosto. Ninguém precisa saber o que te aborrece mais ou o que te causa mais alegria.
Paradigma 14: Use as vantagens da vanguarda - Deixe um pouco de espaço para ser vanguarda, mas preserve o seu próprio comportamento. Fica muito à frente do seu próprio tempo pode causar incompreensão de seus atos. Fique atento ao paradigma 13.
Paradigma 15: Leve prazer para as pessoas - As pessoas deixam de lado ou ignoram as coisas e pessoas desagradáveis. Torne-se agradável para as pessoas e elas o procurarão e lembrarão de você. Como não se pode agradar a todos por todo o tempo, procure agir desta forma a maior parte do tempo.

BIBLIOGRAFIA
BOM SUCESSO, Edina de Paula. Trabalho e qualidade de vida. 1.ed. Rio de Janeiro: Dunya, 1997.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 6.ed. São Paulo: Campus, 2000.
COVEY, S. R. Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes. 9º ed. São Paulo-SP: Best Seller, 2002.
DEJOURS, C; ABDOUCHELI, C; JAYET. Psicodinâmica do trabalho: Contribuições da Escola Dejouriana à Análise da Relação Prazer, Sofrimento e Trabalho.
MAGALHÃES, Celso. Técnica da chefia e do comando. 9.ed. Rio de Janeiro: IBGE, 1990.
MOREIRA, Daniel Augusto. Administração da produção e operações. 5.ed. São Paulo: Pioneira, 2000.
MOSCOVICI, F. Desenvolvimento Interpessoal: treinamento em grupo. 8º ed-Rio de Janeiro-RJ: José Olympo, 1998.
MOSCOVICI, F. Equipes dão Certo. Rio de Janeiro: José Olympo, 2002.
SCHUTZ, W. Profunda Simplicidade: uma nova consciência interior. 3º ed. São Paulo, SP. Agora, 1989.
SILVA, João Martins da. 5S para praticantes. 1.ed. Belo Horizonte: Fundação Christiano Ottoni, 1995.
VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2000.
Neste vídeo, Max Gehringer, especialista em emprego, mostra como ter uma relação cordial no trabalho.

O DESAFIO DA HUMANIZAÇÃO NAS EMPRESAS MODERNAS



É fato que o resultado da empresa é determinado pelas pessoas que nela trabalham, e para que esse resultado seja de excelência, se faz necessário o aperfeiçoamento constante em todas as áreas da vida do profissional e da empresa. Assim sendo, o clima organizacional deve ser bem administrado. Para tanto é fundamental pensar, planejar e agir, tendo em vista à união, harmonização e participação. Os gestores das empresas, que compreendem e dominam a visão holística do ser humano, sabem encontrar o equilíbrio na administração de conflitos, passando a despertar naturalmente a motivação das pessoas e do grupo no ambiente de trabalho.
Entende por empresa humanizada aquela que, agrega outros valores para seus funcionários e/ou para o ambiente que não somente a maximização do retorno para os acionistas.
A relação capital-trabalho sofreu profundas transformações nas últimas décadas. Rupturas amparadas por selos e jargões como reengenharia, downsizing, empregabilidade, globalização, entre tantos outros, acenderam um terremoto nas relações entre as pessoas e entre estas e as organizações. O fruto de todos esses modismos ficou bastante claro despontando um alto número de falências de empresas tradicionais, concordatas de empresas sólidas, vendas de empresas com potencial para grupos estrangeiros, fusões de pequenas empresas encampadas pelas gigantes, e o fechamento de empresas, baixando suas portas sem ter como pagar ao menos os funcionários.
O mais agravante foi o produto gerado, ou seja, a desvalorização do ser humano, que participou desses processos, tentando auxiliar sua empresa, e hoje é descartado, numa perspectiva de que se somente números pudessem indicar lucros, e que ótimos resultados fossem o melhor diagnóstico de um negócio. Atualmente temos que nos preparar para viver a era emocional, onde a empresa precisa mostrar ao colaborador que ele é necessário como profissional, além disso, é um ser humano com capacidades que agregadas à produção da empresa, formarão uma equipe coesa em que o maior beneficiado será ele mesmo com melhoria em sua qualidade de vida, relacionamentos com os pares e, sobretudo, o cliente sentirá este reflexo quando adquirir o produto ou serviço da empresa gerando a fidelização. O melhor negócio de uma organização ainda se chama “gente”, e ver pessoas integradas na organização como matéria-prima principal também é lucro, além de ser um fator primordial na geração de resultados
O olhar mais para as pessoas como “pessoas”, na sociedade ou dentro de uma organização, é uma necessidade cada vez maior na atualidade. Não podemos continuar a pensar em pessoas como meros números, que se comportam de acordo com estereótipos pré-definidos e acordados, desprovidas de emoções e sentimentos próprios. As organizações precisam se humanizar.
A humanização passa pelo conhecimento de nós próprios e dos outros, enquanto nossos semelhantes, com similaridades e diferenças que fazem de nós, “raça humana”, a mais criativa e brilhante. A essência de uma conduta humana está naquilo que nos diferencia dos outros animais, nossa capacidade de raciocínio, de optar além do puro instinto e medo.
O paradigma sob o qual vivemos atualmente funciona como se estivéssemos assistindo a um filme cuja história aborda nossa necessidade de algo que cremos ser o mais importante de nossa vida e que, abarcados pela distorção da realidade, fazemos qualquer coisa para tê-lo, assim, mentimos, desequilibramos relações, nos apropriamos do que não nos pertence, entre tantas outras atitudes.
O fundamento da humanização de uma empresa está na humanização das pessoas que dela fazem parte, desde os acionistas, diretores e presidentes. Isso se dá por meio de um processo de transformação interna das pessoas. Mais do que um entendimento racional e lógico, a humanização da empresa deve ser compreendida como um caminho para trazer paz para cada um dentro dela, permitindo que, aos poucos, se dissolva a angústia, que motiva inúmeros conflitos. O caminho para apaziguar a guerra que há no interior das empresas e entre elas é o mesmo que nos torna humanos onde quer que nos encontremos e independentemente do que façamos.

BIBLIOGRAFIA
CHIAVENATO, I. Recursos humanos na empresa. São Paulo: Atlas, 1989.
FIAMENGHI, G.A. Motivos & emoções. São Paulo: Ed. Mackenzie, 2001.
Procure fazer uma reflexão sobre o audiovisual abaixo, inspirado na música "Paciência", de Lenine.